27 setembro 2015

Maré ruim


Confesso que ultimamente ando meio ranzinza, meio estressada, meio mal humorada até. Eu culpo a rotina, as 50 mil provas, testes e simulados, as pressões da vida, o espelho que sempre diz a verdade, meu cabelo que insiste em ser rebelde e quase todos a minha volta. Como se alguém tivesse culpa pela bagunça de sentimentos e fios desencapados entrando em curto dentro da minha cabeça!
Toda irrelevância que eu reservava para esses assunto tornaram-se dedicação, vivida com intensidade. E ser intensa é algo com que preciso me acostumar. Tudo é muito forte, muito grande e requer 100% da minha paciência. E só pra constar: eu não tenho muita paciência. É como viver em uma TPM que nunca acaba, sabe? A vontade de chorar e gritar estão ligadas. As vezes é assustador. Bem assustador. Tem sido tudo 8 ou 80. Peixes ou áries.
Mocinhos tem me estressado, personagens perfeitos demais me fazem revirar os olhos e quando me deparo com gente sofrendo por amor, tenho vontade de falar: "ei, você tá sendo trouxa!"  Claro que eu não falo, já teria levado um soco na cara, mas tenho muita vontade! 

Coitado dos crushs, do meu pai que tem que lidar com meu humor de 6 horas da manhã, dos meus amigos. Me desculpem, estou vendo como resolvo tudo isso.
Então só peço que tenha um pouquinho mais de paciência comigo. Me perdoa se gritei com você sem motivo, se roubei sua comida, se fiz cara de dó só pra você me dar o seu lugar no ônibus, se eu furei com você naquele dia que prometi que iria sair contigo, se prometi que iria fazer um post pro blog a mil anos luz atrás e não me justifiquei, se lambi sua cara ou se fiz mimimi. 

Tem sido uma maré ruim, perdoa o drama (e todos os outros fatores citados acima) e não desiste de mim.

Marcella Freitas

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