29 setembro 2015

Dossiê lembranças


Aviso! É recomendado ler esse post ouvindo essa música ------>


A lembrança do seu cheiro veio primeiro, me embriagando, depois a sensação dos lábios pressionando os meus e então, senti aquele gosto típico de tabaco (que de forma muito inútil você tentava disfarçar com halls). Sentia suas mãos nas minhas, firmes e quentes, depois elas viajaram por todo o meu corpo, seus dedos se entrelaçavam em meu cabelo causando-me arrepios. Então, notei que a palma da sua mão parecia ter sido feita para se encaixar no meu joelho tal qual a peça certa de um quebra-cabeças. 
Logo em seguida as roupas se mostraram desnecessárias, até um empecilho, e, lentamente, fomos nos despindo. Então suas mãos continuaram a viagem pelas minhas costas e seios, pousando bruscamente em minhas coxas e entre elas (onde certa vez você desenhou um coração). Senti seu coração batendo, senti seu corpo tão fixo ao meu que até parecíamos um só, movendo-se em uma perfeita sintonia. A sensação que tive depois é difícil de descrever... Foi como se vários choques percorressem meu corpo muito rápido, como se algo dentro de mim estivesse acelerando, quente e constante até que, de repente, senti-me leve e meio sonolenta. Satisfeita. E, no fim das contas, era o nosso suor, e nosso cheiro,  nossos corpos nús, repousando,  tentando entender que agora éramos dois novamente. Difícil. Porém, você sempre será uma parte de mim e eu de você.
Posso falar que a música que começou nos embalando parou, e a gente nem reparou.


De seu não tão, Anônimo

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