Para alguém que sempre se
confinou no próprio mundinho, o medo me
colocou em uma bolha, o medo do futuro, da vida e até da morte. Medo
de não dar certo e até medo de dar, medo de se expor demais, de alguém prestar atenção, de alguém notar esse buraco negro dentro de mim. Medo da
intimidade e da solidão, medo de abrir mão do controle.
Uma hora cansa, as vezes não vale a pena imaginar todos
os cenários possíveis só para se persuadir a não correr nenhum risco,
alguns riscos são sim, necessários, mesmo se vão trazer consigo algum
arrependimento.
Espero que algum dia o peso do futuro pare de
me sufocar, e que o passado fique onde pertence. Não temer a vida ou a
morte e aceitar a vida como ela é. Me repreendo por querer demais, já que nada parece ser suficiente, nada supre essa necessidade de ter tudo e ver tudo.
Nada em excesso é bom, nem o otimismo nem o pessimismo, é necessário ser
pé no chão e é necessário ter algumas ilusões para continuar
vivendo, aprender a não guardar rancor mas
também não confiar inteiramente em pessoas que já te magoaram. Parece que a vida é uma linha
tênue entre tristeza e felicidade, entre erro e acerto.
Parece
até que nada muda, que a rotina traça o seu destino até o fim, mas de
vez em quando, aparece alguém diferente, alguma coisa muda, você muda de perspectiva, então de repente a vida deixa de ser tão tediosa, a
segunda feira já não parece tão ruim, e você não precisa mais de
incentivos diários para sobreviver o mês.
Cansei de esperar por
algo que parecia nunca vir, odiava a frase ''o amor vem para os
distraídos'', meu amigo, mais distraída que eu não tem; nem é amor que
eu queria, eu queria mudança, descobrir algo novo, eu queria um descanso
de sentir que minha vida não me pertencia.
Então decidi mudar o rumo e criar coragem, não dá para
abrir feridas o tempo todo, sempre
esperar que outra pessoa tome a iniciativa, criar desculpas e adiar tudo
até que um dia, não vai ter mais tempo.Então decidi mudar o rumo e criar coragem, não dá para
Eu tô cansada de
esperar, então vê se aparece, enquanto isso eu toco minha vida, e vou
dançando sozinha nos cacos de vidro, que eu mesma quebrei. Tô melhor
assim, fechei as portas que não me levariam a lugar nenhum e larguei mão
de fazer escolhas baseadas no conforto, não sei se tomei a decisão
certa e pouco me importa, nem tudo precisa de conserto ou explicação.
G.B
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