Hoje eu trouxe para vocês alguns dos poemas de Federico Garcia Loca.
Quem foi ele?
Poeta espanhol nascido em Fuente Vaqueros, província de Granada, cuja obra constitui um dos pontos altos da poesia espanhola do século XX. Após sobreviver uma infância marcada por graves e consecutivas enfermidades, estudou direito e literatura, inicialmente em Granada e depois (1919), em Madri. Nessa época aproximou-se dos grandes nomes da vanguarda artística espanhola e tornou-se amigo íntimo de Salvador Dalí. Morreu em 1936 vítima da guerra espanhola.
Os poemas que eu mais gostei.
Gazel do Amor Desesperado
A noite não quer vir
para que tu não venhas,
nem eu possa ir.
Mas eu irei,
inda que um sol de lacraus me coma a fronte.
Mas tu virás
com a língua queimada pela chuva de sal.
O dia não quer vir
para que tu não venhas,
nem eu possa ir.
Mas eu irei
entregando aos sapos meu mordido cravo.
Mas tu virás
pelas turvas cloacas da escuridade.
Nem a noite nem o dia querem vir
para que por ti morra
e tu morras por mim.
E Eu te Beijava
E eu te beijava
sem me dar conta
de que não te dizia:
Oh lábios de cereja!
Que grande romântica
eras!
Bebias vinagre às escondidas
de tua avó.
Toda te enfeitaste como um
arbusto de primavera.
E eu estava enamorado
de outra. Vê que pena?
De outra que escrevia
um nome sobre a areia.
...
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.
beijos beijos e até a próxima. Juliane.
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