31 maio 2015

Crises existenciais, crushs e música pop ruim

  Eu lembro de quando tinha uns 12 anos e ficava devaneando sobre o meu futuro. Naquela época tudo parecia bem simples: vou pra faculdade, viajar pra todos os lugares que quiser, encontrar o amor da minha vida, falar 500 mil línguas diferentes e claro, ser muito rica. Só assim. Como todos os filmes Hollywoodianos nos ensinam que a vida funciona.
  Daí algum tempo se passou e descobri que as coisas não funcionam exatamente nessa cronologia. Aprendi que a vida não é linear, que as coisas que almejamos só se tornam realidade se passarmos por muitas etapas até percebermos o valor daquilo que queremos. Aprendi também que os sonhos se transformam. Aliás, tudo nessa vida se transforma. Principalmente nós. E aquela frase que aprendemos em química que diz que: 'na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma', é tão mais aplicável na vida do que para os próprios elementos químicos.
   E aquele futuro que parecia tão distante, te olha hoje no espelho e te faz perguntas profundas e filosóficas das quais você não faz ideia do que responder. E vou te contar, viu?! Cada uma mais complicada que a outra.  Exigindo respostas precisas e pensadas, principalmente uma tal de: o que você quer fazer? 
   As pessoas começam a te olhar como se você fosse um ser em mutação. Um quase adulto com resquícios de adolescente. Um ser que ainda adora brincar na cama elástica mas que daqui um tempo pode descobrir a cura pra todas as doenças do mundo, e elas esperam que da noite pro dia você mude e se torne o que todo mundo está predestinado a se tornar. 
   E como se não bastasse tantas exigências, aparece no seu caminho alguém que não deveria. Que vai tomar conta dos seus pensamentos e te fazer devanear até na fila do pão. Que vai fazer borboletas voltarem ao seu estômago depois de tanto tempo e te fazer rir até a barriga doer. E você só vai perceber que isso é estranhamente bom e ruim na mesma proporção até ser. E está preparada para viver uma história épica ou sair com o coração partido, na minha humildade opinião, é uma das piores partes.
  E o que eu vou fazer com tudo isso? Eu não faço ideia, meu amigo.  Deus, música pop ruim e netflix que me ajude porque não sei lidar nem quando meu delineador não sai como eu quero, quem dirá lidar com coisas tão difíceis.


Marcella Freitas

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